Mapa mostra áreas de Santa Catarina que poderão ficar submersas até 2030
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A Climate Central desenvolveu um mapa que sinaliza as regiões do mundo mais suscetíveis ao risco de ficarem submersas
O aquecimento global está fazendo com que o nível do mar suba rapidamente e, com isso, algumas áreas do globo poderão ficar submersas. Pensando nisso, a Climate Central, uma entidade dedicada à análise dos efeitos das mudanças climáticas, como o aumento do nível do mar e as enchentes costeiras, desenvolveu um mapa que sinaliza as regiões do mundo mais suscetíveis ao risco de inundação. No mapa, é possível ver regiões de Santa Catarina que estão sob risco de ficarem submersas até 2030.
Esse cenário pode ser revertido, principalmente se os governos e as grandes corporações adotarem medidas decisivas para lidar com a crise climática. No entanto, o estudo da Climate Center destaca os possíveis cenários caso o nível do mar continue subindo.
Para o biólogo, estudante de mudanças climáticas e professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Paulo Horta, no atual ritmo de derretimento das geleiras, é possível que o cenário apresentado pela Climate Central se confirme:
— Infelizmente as tendências que a gente está vendo não só confirmam essas previsões, como pode ser que elas se acelerem. Ou seja, cenários ainda piores podem acontecer em tempo ainda menor, considerando o degelo e o ritmo que está acontecendo — diz Horta.
Porém, o especialista adverte que para se fazer análises mais seguras sobre um local específico, é preciso que cada governo faça o seu modelo de previsão de mudanças climáticas, avaliando as características específicas de cada região:
— A Climate Central fez essa previsão de alagamento considerando um mapa de topografia global. Então é preciso entender que a topografia vista por satélite não é 100% equivalente aos nossos territórios — explica.
Segundo um artigo publicado em 17 de janeiro deste ano na Nature, a Groenlândia, a segunda maior camada de gelo do mundo, perdeu mais de 1.000 gigatoneladas de gelo entre 1985 e 2022. Paulo Horta explica que a velocidade do derretimento das geleiras neste verão será decisivo para prever como será a inundação das áreas do globo:
— É muito importante que a gente aguarde os resultados do processo de derretimento especialmente do Oeste da Antártica e da Groelândia que aconteceram no verão desse ano. Consolidado esse resultado, ele vai nos dar muito mais clareza em relação aquilo que está por vir — finaliza o professor.
O mapa da Climate Central
O mapa permite que os usuários explorem o risco de inundação costeira e as projeções de aumento do nível do mar por década em qualquer lugar do mundo e sob múltiplos cenários de poluição. O mapa permite que os usuários escolham entre os principais modelos de aumento do nível do mar e incorporem os dados de elevação mais precisos disponíveis. NSC
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