Oncologista fala sobre prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama
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O mês de outubro é um lembrete para o amor próprio e promoção de cuidados para a prevenção do câncer de mama, tradicionalmente conhecido como Outubro Rosa. Com isso, para tirar todas as dúvidas sobre a prevenção, diagnóstico e tratamento dessa que é uma das doenças que mais afetam as mulheres no Brasil, a oncologista Emeline Moreira, do Hospital Regional do Oeste (HRO), de Chapecó, explica as dúvidas mais frequentes sobre o assunto.
A médica reforça a importância da prevenção por meio de um estilo de vida saudável, da detecção precoce de alterações pré-malignas com exames de rotina. "O diagnóstico precoce salva vidas", frisa Emeline.
Questionada sobre fatores genéticos ou de predisposição, a especialista explica que embora quase 90% dos casos de câncer estejam associados a causas externas, como as mudanças provocadas no meio ambiente pelo ser humano ou hábitos e comportamentos que podem aumentar o risco de diferentes tipos de câncer, algumas pessoas nascem com predisposição genética para desenvolver a doença.
"Portanto, devemos ficar atentos a casos de câncer que se repetem na família, câncer em pessoas jovens e casos de tumores raros (como câncer de mama em homens). Esses pacientes devem sempre passar por uma avaliação genética", diz.
Quanto ao diagnóstico precoce, descobrir um câncer em estágios iniciais aumenta significativamente as chances de cura e reduz a probabilidade de tratamentos complementares mais agressivos, como a quimioterapia.
"Quanto maior o tumor e mais avançado ele estiver, mais complexos serão os tratamentos e, infelizmente, maiores as chances de recidiva da doença. O diagnóstico precoce pode ser feito através de exames de imagem, que, se alterados, indicarão a necessidade de uma avaliação complementar com biópsia", destaca.
Tratamento
Assim que recebem o diagnóstico, os pacientes são encaminhados à oncologia para avaliação quanto ao tratamento cirúrgico e aos tratamentos sistêmicos. Ainda de acordo com Emeline, somente entre janeiro e outubro de 2024, foram atendidas mais de 1.800 pacientes com a doença no HRO.
"Na oncologia clínica, oferecemos tratamentos como quimioterapia, terapia alvo e hormonioterapia. Além disso, dentro do serviço, temos também radioterapia, braquiterapia e avaliação multidisciplinar dos pacientes com profissionais de enfermagem, nutrição, fisioterapia e psicologia", diz a médica.
Após o tratamento, os pacientes são avaliados regularmente com consultas médicas de rotina e exames de acompanhamento, que variam de acordo com o tipo de câncer que o paciente possui e as queixas que ele apresenta.
Fonte: Oeste+
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