O deputado estadual Antídio Lunelli usou a tribuna para se manifestar contra o possível retorno do imposto sindical. A proposta vem sendo levantada por integrantes do Ministério do Trabalho e Emprego e pode ser levada ao Congresso Nacional em setembro.
Conforme debatido nos bastidores, a nova cobrança pode ser até três vezes maior do que quando o imposto foi extinto, em 2017. Ao invés de um dia de trabalho, os sindicatos falam em cobrança obrigatória de três dias. “Além de tirar ainda mais dinheiro do trabalhador, a medida vai obrigar os brasileiros a financiarem os sindicatos, que, na maioria das vezes, são ineficientes e corruptos”, apontou o deputado.
Desde 2017, quando a reforma trabalhista entrou em vigor e a contribuição sindical se tornou opcional, a arrecadação dos sindicatos teve uma queda 98%, passando de R$ 3,6 bilhões para R$ 68 milhões em 2023, segundo dados do Dieese. “Se o sindicato quer o dinheiro do trabalhador, ele que atue de forma correta e eficiente para receber a contribuição voluntariamente. É preciso se reinventar. São quase 11 milhões de sindicatos no país e pouquíssimos são representativos”, disse.
Lunelli ainda enfatizou que os sindicalistas seguem uma visão ultrapassada sobre as relações de trabalho, desconsiderando as mudanças que a tecnologia e a flexibilização trouxeram para o mercado. “Os trabalhadores devem, sim, ter seus direitos respeitados, benefícios e oportunidades de crescimento. Mas isso não são os sindicatos que vão garantir. Precisamos de qualificação e uma economia forte”, completou.
Imprensa Antídio Lunelli
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