Os banhistas que frequentam as praias de Santa Catarina devem estar atentos ao risco de queimaduras por águas-vivas. Saber o que fazer é essencial para aliviar os sintomas e prevenir complicações.
Confira as orientações principais repassadas pelo Corpo de Bombeiros:
• Ao sentir ardência ou visualizar a água-viva, saia imediatamente da água.
• Procure o posto de guarda-vidas mais próximo.
• Evite usar água doce, urina ou outros líquidos na queimadura. Mitos como o uso de urina são perigosos: acidez pode intensificar a sensação de queimadura e ainda causar infecções. Apenas lave a área afetada com água salgada.
• Solicite vinagre no posto de guarda-vidas. O vinagre é cientificamente comprovado para aliviar os sintomas e neutralizar os nematocistos.
• Dependendo da gravidade, o guarda-vidas poderá acionar uma ambulância para atendimento médico.
Incidências recentes
Entre os dias 21 e 27 de janeiro, o 4º Batalhão de Bombeiros Militar registrou o maior número de ocorrências com águas-vivas: 1.603 casos, abrangendo praias como Passo de Torres, Balneário Gaivota, Balneário Arroio do Silva e Balneário Rincão. Em seguida, o 10º BBM contabilizou 517 ocorrências nas praias de Palhoça e Governador Celso Ramos. Florianópolis, atendida pelo 1º BBM, registrou 380 casos.
Comparando com os anos anteriores, os dados apresentam variações significativas:
2024:
• 8º BBM: 917 ocorrências (Laguna, Imbituba e Garopaba).
• 4º BBM: 874 ocorrências.
• 1º BBM: 705 ocorrências.
2023:
• 4º BBM: 1.008 ocorrências.
• 8º BBM: 823 ocorrências.
• 1º BBM: 785 ocorrências.
Apesar dos números, o professor Charrid Resgalla Jr., da Escola Politécnica da Univali, afirma que a atual incidência de águas-vivas em Santa Catarina é considerada abaixo do normal, com base em estudos realizados ao longo de 10 anos.
Segundo o professor, o Litoral Sul de Santa Catarina é mais vulnerável devido à geografia. "A região é menos recortada e mais exposta aos ventos, facilitando o transporte de águas-vivas para a praia. A inclinação da costa e a forma retilínea contribuem para os altos índices de ocorrências, diferentemente do litoral norte, mais protegido."
Fonte: Oeste+
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