Os meses de novembro e dezembro estão sendo marcados pelas fortes chuvas, que estão trazendo prejuízos incalculáveis em várias áreas dos municípios.
Na agricultura a situação não é diferente, segundo resume o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Joaçaba e Luzerna, Dileto Paganini.
Ao abordar o tema, Paganini disse que a situação foi praticamente um desastre, “isso porque teve agricultores que perderam mais de 30% da produção. A enxurrada fez eles perderem inclusive o replantio. O prejuízo foi muito grande e temos a informação de que a safra será precária devido ao tempo muito chuvoso e a semente não está desenvolvendo conforme o previsto”.
Segundo o sindicalista, já existe falta de milho no Estado, porque está se consumindo mais do que produzindo.
Em se tratando do trigo, Dileto afirmou que a perda também será expressiva, “isso porque a maioria dos produtores estão usando mais de 50% do produto para ração. Sendo assim, no ano que vem ele não irá mais plantar o trigo porque ele não irá cobrir o custo vendendo a R$ 50,00 a saca havendo um desestímulo no plantio do trigo em 2024”.
Dileto Paganini disse ainda que as chuvas também trouxeram prejuízos na terra, pois a que foi considerada como boa acabou sendo levado pelas enxurradas.
“O agricultor terá que recuperar o terreno com cobertura de solo, e acredito que seria interessando um programa por parte do Governo do Estado para a distribuição de sementes visando resolver este problema. Para a próxima safra é interessante e importante a recuperação do terreno”, frisou Paganini.
A questão da prorrogação de dívidas que está sendo cogitado por parte do governo aos agricultores, segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais é uma medida paliativa.
“Nossa estimativa para a próxima safra não é nada boa”.
Por outro lado, Paganini confirmou que o sindicato estará em recesso no período do dia 21 de dezembro até 8 de janeiro. Expresso Impresso