A reunião marcada para 11 de setembro em Londres, que definiria o futuro regulamento de motores da Fórmula 1, foi adiada sem nova data prevista. O encontro tinha como objetivo decidir quando o próximo ciclo de regras entraria em vigor, mas a falta de consenso entre as fabricantes levou a FIA a dar mais tempo para negociações.
O presidente da FIA, Mohammed bin Sulayem, defendia a implementação dos novos motores já em 2029, mas encontrou resistência. Até o momento, apenas RB Powertrains e Cadillac apoiam a antecipação. Mercedes e Ferrari preferem o início em 2030, enquanto Audi e Honda exigem que o atual projeto — os V6 Turbo híbridos com 350 kW de potência elétrica previstos para 2026 — seja mantido por cinco anos completos, garantindo retorno sobre os investimentos feitos em fábricas, equipamentos e desenvolvimento.
O que está em jogo
A proposta da FIA mira motores mais simples, baratos e com maior potência vinda da combustão, reduzindo a dependência das baterias. A ideia é introduzir um V8 aspirado de 2,4 litros, combinado a um sistema elétrico. No entanto, fabricantes ainda não chegaram a acordo nem sobre a arquitetura: alguns defendem o V8 aspirado, outros preferem a versão biturbo. Também não há consenso em relação à capacidade e ao uso de energia elétrica no sistema híbrido.
Próximos passos
Com as divergências, uma votação neste momento seria improdutiva. Caso as montadoras não cheguem a um consenso, a FIA poderá impor suas regras apenas a partir de 2031, quando teria liberdade para adotar o regulamento preferido, independentemente da posição dos fabricantes.
Enquanto isso, as discussões seguem intensas nos bastidores, em meio à temporada 2025 que já levanta debates sobre o futuro da categoria
Fonte: Terra

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