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13/05/2025 19:52
ECONOMIA

O que explica o apagão de mão de obra em SC

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Hoje, a falta de mão de obra é a principal demanda dos empresários catarinenses. A economia de Santa Catarina tem crescido praticamente o dobro da média nacional e não há trabalhadores suficientes para atender toda a necessidade.
O que tem acontecido é uma grande atração de trabalhadores de outros lugares, como de estados do Norte brasileiro e de outros países (principalmente Venezuela).
Veja cidades de SC que mais receberam venezuelanos
1º – Chapecó: 8.583 venezuelanos recebidos desde 2018 
2º – Joinville: 6.231 venezuelanos recebidos desde 2018 
3º – Florianópolis: 3.256 venezuelanos recebidos desde 2018 
4º – Blumenau: 2.364 venezuelanos recebidos desde 2018
5º – São José: 1.812 venezuelanos recebidos desde 2018
6º – Itapiranga: 1.659 venezuelanos recebidos desde 2018
7º – Balneário Camboriú: 1.288 venezuelanos recebidos desde 2018
8º – Camboriú: 1.286 venezuelanos recebidos desde 2018 
9º – Rio do Sul: 1.139 venezuelanos recebidos desde 2018 
10º – Concórdia: 1.027 venezuelanos recebidos desde 2018
Conforme dados do IBGE, o mercado de trabalho de SC ganhou 330 mil pessoas entre 2021 e 2024. Porém, o número de desempregados no estado caiu “apenas” 60 mil. Ou seja, muito provavelmente essa diferença de 270 mil é referente a trabalhadores que vieram de fora de Santa Catarina. O estado foi o que mais contratou estrangeiros no país em 2024, por exemplo.
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O Governo do Estado tem tomado algumas medidas para tentar mitigar o problema. A Secretaria da Indústria Comércio e Serviços (Sicos/SC) faz a gestão do Sine e tem ampliado as divulgações e feirões de emprego para atrair trabalhadores. Há um vasto calendário de feirões nos próximos meses em diversas cidades. Não é raro ter mais vagas do que interessados.
Já a Secretaria de Educação está operando o CaTec, que é ensino técnico para estudantes do ensino médio e também para quem já concluiu. São dezenas de cursos em diversas cidades. A meta é formar 100 mil estudantes até 2026.
Outra frente é o Universidade Gratuita, que tem objetivo de chegar a 70 mil bolsas oferecidas até 2026. A ideia é formar e qualificar a mão de obra.
Mesmo assim, basta conversar com empresários para perceber que não se encontram trabalhadores, do menor grau de formação à alta especialidade.
Fiesc
A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) está atenta ao apagão de mão de obra no estado e tem atuado de forma estratégica para enfrentar o problema. Para se ter ideia, somente a indústria catarinense precisará qualificar ou requalificar 953 mil trabalhadores nos próximos três anos, segundo o Mapa do Trabalho Industrial.
Entre 2018 e 2025, os investimentos da FIESC, por meio do SESI e do SENAI, totalizam R$ 1,4 bilhão, valor que deve chegar a R$ 2,6 bilhões até 2030. A maior parte destes aportes é na área educacional, por meio do projeto Educação 20-30. “Tão importante quanto o investimento na infraestrutura é a aposta que estamos fazendo na valorização e na qualificação dos nossos professores”, diz o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.
A qualificação começa na educação básica, já conectada com as demandas da indústria. A expansão da rede de Escolas SESI vem transformando o ensino por meio da abordagem STEAM (integra Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática), estimulando criatividade, pensamento crítico e aprendizado dinâmico. A rede já está presente em 20 cidades do estado.
Na educação profissional, o SENAI/SC atua para reduzir a escassez de profissionais qualificados no mercado e, ao mesmo tempo, ampliar a empregabilidade. Para isso, investe na modernização das estruturas e, especialmente, dos laboratórios didáticos.
No ensino superior, o UniSENAI foca em parcerias com a indústria e na integração com os institutos de inovação e tecnologia, inserindo graduandos e pós-graduandos em projetos de pesquisa e desenvolvimento.
Aguiar afirma que o investimento em educação e formação profissional é um dos principais caminhos para enfrentar o apagão de mão de obra.
“Não há indústria competitiva nem desenvolvimento sem trabalhadores qualificados. Por isso, a formação profissional é uma prioridade para a FIESC”, diz.
É preciso entender o jovem do século 21. O salário é baixo e não atrai? A atual geração é menos apegada às coisas, mais sensível, menos resiliente, não pensa em longo prazo e é imediatista. Além disso, percebe-se, também, o desejo por ser mais gestor do próprio tempo e menos dependente de escalas de finais de semana, inclusive. A uberização da economia é um exemplo disso.
Lidar com tudo isso, é um enorme desafio para Santa Catarina.

Fonte: NSC

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